domingo
Quais os cuidados ao soltar fogos de artifício
Já é tradição. A cada virada de fim de ano, o brilho colorido dos fogos de artifício corta o céu para dar boas vindas ao Ano Novo e garantir o espetáculo das festas de réveillon. Porém, muitas vezes, a falta de cuidado de quem solta ou manuseia os artefatos transformam os fogos em vilões. Levantamento realizado pelo Ministério da Saúde mostra que nos últimos 16 anos, 147 pessoas morreram e 6.500 foram internadas no País como consequência de acidentes envolvendo fogos de artifícios. Somente este ano, até outubro, 500 pessoas foram internadas, o que gerou um custo de R$ 414 mil ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Queimaduras, dilaceração do rosto e amputação de dedos são os ferimentos mais frequentes nestes tipos de acidentes. De acordo com o Corpo de Bombeiros do ABCD, há dicas de seguranças que, se seguidas, podem evitar qualquer problema com os artefatos. Uma delas é não soltar foguetes ou rojões próximos ao rosto ou segurando nas mãos. O ideal é comprar produtos que venham com base para ser instalada no chão. Na hora de acender os fogos, o correto é manter distância de 30 a 50 metros de outras pessoas, casas, veículos ou redes elétricas.
Outra orientação é não tentar reaproveitar os fogos que não estouraram. O correto é molhar os artefatos que falharam para apagar o pavil e evitar acidentes. É aconselhável ainda ler as instruções do fabricante na embalagem e comprar produtos em estabelecimentos autorizados. De acordo com as informações dos bombeiros, os locais clandestinos vendem produtos avulsos, sem as orientações dos fabricantes na embalagem e que não passam por testes.
Apesar das dicas, em caso de acidente, o Ministério da Saúde recomenda que o ferimento seja lavado com água corrente. O órgão também pede para não tocar na área queimada e não colocar nenhuma substância sobre a lesão – como manteiga, creme dental, clara de ovo ou pomadas. A pessoa ferida deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo da residência para atendimento médico.
Acidente em Santo André marcou ABCD
O tema fogos de artifícios se transformou em algo recorrente no ABCD, após a explosão da loja de fogos Pipas e Cia, no dia 24 de setembro de 2009, na rua Américo Guazelli, Vila Pires, em Santo André. O acidente mostrou o poder de destruição que os artefatos carregam ao serem manipulados ou armazenados de maneira inadequada.
Na ocasião, a explosão devastou um quarteirão, destruiu quatro casas, interditou outras 30 e provocou a morte de duas pessoas, o primo do dono da loja Denian Castelanni, 41 anos, e da doméstica Ana Maria de Oliveira Martins, 58, que trabalhava no local.
Passado três anos do acidente, o proprietário da loja, Sandro Luiz Castellani, 43 anos, e a esposa dele, Conceição Aparecida Fernandes, 43 anos, aguardam em liberdade a definição da Justiça sobre as respectivas penas. O processo está nas mãos da juíza Maria Lucinda da Costa, da 1ª Vara Criminal de Santo André desde fevereiro deste ano. O casal é acusado por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
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