O índice de congestionamento médio foi calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), por encomenda da Uber, empresa americana de transporte por aplicativo. O dado revela o quanto os congestionamentos deixaram os deslocamentos mais demorados em relação ao que seria possível com tráfego livre. A pesquisa identificou uma redução no período: o índice foi de 39,6% em 2016, 33,5% em 2017 e 31,4% em 2018.
quarta-feira
Viagens de carro em São Paulo demoram 35% mais do que o previsto, mostra pesquisa da Fipe e Uber
O morador da capital paulista e da região metropolitana de São Paulo que circula de carro perdeu, em média, 23,4 minutos por dia útil em função dos congestionamentos entre 2016 e 2018. Nesse período, quem utilizou o carro para se locomover demorou em média quase 35% a mais do que o esperado caso fossem feitas em fluxo livre - ou seja, sem outros veículos na via e sem fatores que geram lentidão no trânsito, mas respeitando semáforos e limites de velocidade máxima.
O índice de congestionamento médio foi calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), por encomenda da Uber, empresa americana de transporte por aplicativo. O dado revela o quanto os congestionamentos deixaram os deslocamentos mais demorados em relação ao que seria possível com tráfego livre. A pesquisa identificou uma redução no período: o índice foi de 39,6% em 2016, 33,5% em 2017 e 31,4% em 2018.
O índice de congestionamento médio foi calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da Universidade de São Paulo (USP), por encomenda da Uber, empresa americana de transporte por aplicativo. O dado revela o quanto os congestionamentos deixaram os deslocamentos mais demorados em relação ao que seria possível com tráfego livre. A pesquisa identificou uma redução no período: o índice foi de 39,6% em 2016, 33,5% em 2017 e 31,4% em 2018.
Segundo Eduardo Haddad, coordenador do estudo e professor titular do Departamento de Economia da FEA/USP, a pesquisa se baseou em viagens realizadas pelo serviço, mas o tempo de viagem é representativo de todos os deslocamentos de carro na capital e na Grande São Paulo não somente da empresa, mas do condutor de modo geral, considerando que o viário utilizado por motoristas da Uber e de veículos particulares é o mesmo.
A divulgação do levantamento ocorreu na manhã desta quarta-feira, 24, durante evento de lançamento da Uber Movement, plataforma de compartilhamento de dados sobre congestionamento. Pressionada a abrir os dados e se inserir no debate sobre mobilidad urbana, a Uber criou a plataforma em outros países há um ano.
A partir desta quarta, a ferramenta permite a análise do comportamento das viagens realizadas em São Paulo e na região metropolitana por hora, dia e área da cidade. A atualização dos dados pela Uber deve ocorrer de três em três meses.
Somando todas as pessoas que transitam de carro na região metropolitana, nos últimos três anos foram desperdiçadas por dia 1,4 milhões de horas por quem utiliza carro na capital e na Grande São Paulo. Os números não consideram deslocamentos por outros meios de transporte como ônibus e motos, somente automóveis.
Se analisados separadamente os últimos três anos, porém, o levantamento conclui que o tempo excessivo médio gasto no trânsito pelos moradores da região metropolitana caiu ao longo do período. Em 2016, a média era de 25,7 minutos, tendo caído para 22,8 minutos em 2017. No ano passado, reduziu para 21,7 minutos.
Segundo o índice apresentado na pesquisa, entre 2016 e 2018, as viagens de automóvel na região metropolitana de São Paulo demoraram em média quase 35% a mais do que o esperado caso fossem feitas sempre em fluxo livre.
O estudo apresentou uma nova ferramenta para a avaliação e o monitoramento do trânsito em São Paulo. O levantamento utiliza o tempo das viagens disponibilizados na Uber Movement.
A medida apresentada na pesquisa da Fipe se diferencia dos parâmetros tradicionais por se basear diretamente em viagens efetivamente realizadas - e não em métricas relacionadas ao fluxo de veículos em determinadas vias -, o que permite calcular o tempo excessivo despendido em deslocamentos urbanos pelas pessoas.
O índice de congestionamento considera o tempo de viagens realizadas por veículos em serviço pela Uber e é representativo para um dia útil típico. Os dados têm dimensão metropolitana, e não apenas municipal.
De acordo com o levantamento, a zona sul é a região mais congestionada da cidade de São Paulo, apresentando um índice médio de 45,5% no período analisado. Depois da zona sul, as regiões oeste e centro da cidade apresentam as maiores médias de lentidão de São Paulo.
As sextas-feiras são os dias mais congestionados tanto na capital quanto na região metropolitana - com um índice médio de 46,2%. O pico da tarde, definido como período entre 16h e 18h, possui o maior índice de lentidão (55,4%).
Para agregar o índice para toda a região metropolitana, seguindo a metodologia estatística, foram incluídos no cálculo dados da Pesquisa Origem e Destino, realizada a cada dez anos pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O levantamento comparou ainda com dados oficiais de lentidão da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) e mostrou que os dois, tanto CET quanto pesquisa da Fipe, apontam as mesmas tendências.
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