De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o motim no Centro Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Estado, começou por volta das 7h, quando funcionários serviam o café da manhã aos detentos. Dois agentes penitenciários chegaram a ser feitos reféns, mas já foram liberados.
segunda-feira
Briga entre facções deixa 57 mortos em presídio em Altamira, no Pará
Uma briga entre membros das facções criminosas Comando Vermelho e Comando Classe A deixou 57 mortos, ao menos 16 deles decapitados, durante uma rebelião em um presídio em Altamira, no Pará, informou a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) do Estado nesta segunda-feira.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o motim no Centro Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Estado, começou por volta das 7h, quando funcionários serviam o café da manhã aos detentos. Dois agentes penitenciários chegaram a ser feitos reféns, mas já foram liberados.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o motim no Centro Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Estado, começou por volta das 7h, quando funcionários serviam o café da manhã aos detentos. Dois agentes penitenciários chegaram a ser feitos reféns, mas já foram liberados.
A situação no presídio está controlada, de acordo com a Susipe, e policiais e agentes penitenciários fazem a recontagem dos presos, a apuração dos danos e a revista dos detentos.
"Foi um ato dirigido. Os presos chegaram a fazer dois agentes reféns, mas logo foram libertados, porque o objetivo era mostrar que se tratava de um acerto de contas entre as duas facções, e não um protesto ou rebelião dirigido ao sistema prisional", afirmou o superintendente da Susipe, Jarbas Vasconcelos, de acordo com nota divulgada pelo governo do Estado.
Segundo o governo paraense, integrantes do Comando Classe A colocaram fogo em uma cela onde ficavam integrantes do Comando Vermelho, facção que teve origem no Rio de Janeiro. O incêndio se alastrou rapidamente e alguns dos detentos morreram de asfixia.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tratou do motim com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. O Estado trabalha na identificação dos líderes da rebelião para que eles sejam transferidos para presídios federais. O ministério disponinilizou 10 vagas em unidades federais para receber esses detentos, de acordo com o governo paraense.
"O ministro Sergio Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão", disse o ministério em nota.
Moro participou de uma reunião de emergência em Brasília nesta segunda para tratar da rebelião na penitenciária em Altamira.
As rebeliões com mortes por causa de brigas entre facções criminosas rivais têm ocorrido com certa frequência no país. Em maio, 55 detentos foram mortos em presídios de Manaus, que já havia registrado um massacre de presos em 2017.
Nos últimos anos, episódios parecidos aconteceram em Roraima e, no início deste ano, o Ceará viveu uma onda de violência ordenada por criminosos presos em penitenciárias do Estado, o que levou ao envio da Força Nacional de Segurança Pública ao Estado.
Também neste ano, em fevereiro, Marcos Williams Camacho, o Marcola, apontado como principal líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que teve origem no Estado de São Paulo, mas que já atua em outros Estados e em países vizinhos, foi transferido de uma penitenciária no interior paulista para um presídio federal.
Na ocasião, outros 21 detentos apontados como lideranças do PCC também foram transferidos para presídios federais.
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